sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Confira 10 profissões que devem 'encolher' nos próximos anos

A revista Forbes listou dez profissões que podem perder terreno com o avanço tecnológico e as mudanças estruturais na economia global, usando como base números da agência de estatísticas do trabalho dos Estados Unidos (Bureau of Labor Statistics, em inglês). Para analistas citados pela publicação, profissões que remuneram bem funcionários pouco qualificados são as mais fadadas ao fracasso. Confira a lista em
http://www.terra.com.br/economia/infograficos/profissoes-que-devem-encolher/index.htm

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Uma análise do PAC, quatro anos depois

Após mais uma audiência pública de prestação de contas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a décima cerimônia desde janeiro de 2007, quando foi lançado, é possível enxergar um retrato bastante nítido dos avanços e desafios existentes na infraestrutura.

Vale lembrar que o PAC aposta no investimento em infraestrutura como motor propulsor para elevar os índices de crescimento econômico, melhorar a competitividade da economia brasileira e oferecer mais bem-estar para a população.

O programa é constituído por centenas de ações e projetos de infraestrutura com valor total de R$ 657,4 bilhões, dos quais R$ 541,8 bilhões foram planejados para serem cumpridos entre janeiro de 2007 e dezembro de 2010 e o restante, no montante de R$ 115,6 bilhões, para serem gastos após 2010, já que empreendimentos de infraestrutura têm a característica de ultrapassar anos e até mandatos antes de entrarem em fase de operação comercial.

Da parcela de R$ 541,8 bilhões planejada para ser concluída até dezembro de 2010, o governo federal anunciou que, até outubro deste ano, foram concluídas ações e projetos que somam R$ 396,9 bilhões.

Até o dia 31 de dezembro, o valor de investimentos realizados deve somar R$ 444,0 bilhões, o que representará 82% do total previsto para o período entre 2007 a 2010.

Em um programa do porte do PAC, há duas formas de analisar os resultados entregues - o que foi feito e o que deixou de ser feito.
A parte vazia do copo mostra 18% dos investimentos previstos ainda inconclusos, devido a atrasos, imprevistos ou falhas quaisquer.

A parte cheia do copo enfatiza R$ 444,0 bilhões - ou 82% do total em investimentos na infraestrutura feitos no período.

Considero mais importante a parte do copo que foi possível encher. O Brasil, segundo divulgado, deve crescer, em média, 4,6% ao ano entre 2007 e 2010, um ritmo inédito para a história recente do País. Esse resultado reflete bastante a aceleração dos investimentos em infraestrutura, que colaborou para ampliar a geração de empregos.

Reconhecer os resultados alcançados não significa fechar os olhos para o que pode ser aperfeiçoado. No que tange ao processo de investimento em infraestrutura, há muito espaço para ganhos de produtividade e celeridade na condução das etapas preparatórias dos projetos e até mesmo na execução das obras. Trata-se de um processo contínuo e incansável.

O modelo de gestão adotado pelo PAC tem, inclusive, contribuído para dar evidência a problemas diante da viabilização de uma obra de infraestrutura, seja nas fases de elaboração ou aprovação de estudos e editais, nas etapas de fiscalização e controle e até durante os períodos de construção.

Com prestação de contas periódicas, empresários, gestores públicos e jornalistas podem conhecer detalhes da condução dos projetos e investimentos e cobrar respostas.

Perseverar no PAC significa mais do que apoiar a aplicação de recursos na infraestrutura. O programa representa uma cultura que alia planejamento de médio e longo prazo com ênfase na preparação de estudos e projetos, além de debruçar os gestores públicos no acompanhamento dos fatores de riscos e na busca por soluções aos obstáculos que causam postergações e interrupções nas obras. Traz a iniciativa privada para investir em diversos projetos, por meio de concessões.

Ampliado e aperfeiçoado onde necessário, o PAC contribuirá para o Brasil ter um crescimento sustentável, com taxas mais elevadas e de forma perene - como vem fazendo desde janeiro de 2007.



Por Paulo Godoy é presidente da Abdib