segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

lucro recorde em 2010, Vale vê cenário positivo em 2011

Após obter lucro líquido de R$ 30 bilhões em 2010, beneficiando-se de elevados preços e demanda para seu principal produto, o minério de ferro, a mineradora Vale prevê um 2011 igualmente positivo, quando poderá estabelecer novos picos de lucratividade. De acordo com o presidente executivo, Roger Agnelli, e os principais diretores da mineradora, não há mudanças à vista nos fundamentos do mercado e os fatores que propiciaram os elevados ganhos em 2010 devem continuar existindo pelos próximos meses.
Eles relataram, no entanto, alguns riscos e alguns problemas. A questão do Oriente Médio e norte da África, por exemplo, que é imprevisível e que, na opinião de Agnelli, tem a possibilidade de evoluir para algo que atrapalhe as companhias de modo geral nesse ano.
O presidente da empresa também citou problemas em conseguir de fornecedores todos os equipamentos que a mineradora necessita para dar o prosseguimento previsto em seus diversos projetos no mundo. "Existe falta de recursos para a implementação de grandes projetos", disse Agnelli a investidores e analistas em teleconferência nesta sexta-feira, para comentar os resultados financeiros do quarto trimestre de 2010 divulgados na véspera.
Sobre a demanda por minério, o diretor de Ferrosos, José Carlos Martins, voltou a citar a situação da Índia e da China quanto à produção. "Em nossa visão, a Índia terá um papel cada vez menor no mercado internacional de minério de ferro. Existem claros sinais de que eles irão reduzir seus embarques nesse ano", afirmou Martins.
"Quanto aos produtores marginais de minério de ferro na China, vemos os seus custos subindo. Nesse aspecto, estamos bem posicionados e a competitividade do nosso minério deve crescer", acrescentou.
Retorno a acionistas
Roger Agnelli foi questionado por investidores sobre se teria planos de elevar os retornos aos acionistas devido aos elevados níveis de geração de caixa que a companhia tem registrado.
Segundo ele, no momento não há planos para que alguma medida nesse sentido ocorra. "Temos que esperar um pouco mais para decidir se podemos elevar os retornos aos acionistas. Queremos concluir as expansões previstas nas nossas operações, estamos sendo muito cuidadosos com as alocações de capital", afirmou. "Se tivermos espaço para elevar os retornos, iremos fazê-lo. Mas eu não quero antecipar nada".

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Carros - Brasil X Mundo

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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Shell e Cosan confirmam parceria

Royal Dutch Shell e Cosan confirmaram nesta segunda-feira a joint venture para produzir e distribuir etanol. Fruto da associação, a Raízen nasce com um valor de ativos de US$ 20 bilhões, faturamento de US$ 50 bilhões e cerca de 40 mil funcionários. A marca Shell será mantida e a Esso, comprada pela Cosan em 2008, deve desaparecer dos postos de combustíveis no Brasil em até 36 meses e passar a adotar também o nome Shell.
A Raízen será uma das cinco maiores do País em faturamento, de acordo com as empresas. A nova organização será responsável por uma produção de mais de 2,2 bilhões de l de etanol por ano para atendimento ao mercado interno e externo. A tentativa será de transformar o etanol em uma commodity global. As atuais 23 usinas da Cosan produzem 4 milhões de t de açúcar e tem 900 MW de capacidade instalada de produção de energia elétrica a partir do bagaço da cana.
"Queremos consolidar o etanol de cana de açúcar como commodity internacional", disse o diretor presidente da nova empresa, Vasco Dias. "Queremos ser reconhecidos pela excelência no desenvolvimento e produção de energia sustentável", completou.
De acordo com Rubens Ometto Silveira Mello, presidente do conselho de administração da nova empresa, a fusão nasce da reunião de forças para tornar a marca uma referencia mundial em energia. "Formamos uma organização com números significativos e já iniciamos uma produção de liderança em energia sustentável", afirmou Ometto. "Nossa intenção é aumentar significativamente a exportação de etanol e cana de açúcar. Nossa é meta é dobrar a produção de etanol".
As empresas haviam assinado em agosto de 2010 um acordo para unir as operações no ramo do combustível renovável. "Tenho certeza que essa associação vai ser melhor e maior do que todos esperam", disse Vasco Dias. "Estamos criando mais um líder global".
Conforme o memorando assinado no ano passado, a joint venture inclui a transferência de todas as usinas de açúcar e etanol da maior produtora de açúcar e álcool do Brasil, incluindo cogeração de energia a partir do bagaço da cana e ativos de distribuição e comercialização de combustíveis. As dívidas da Cosan serão incorporadas à nova empresa que nasce com uma dívida de aproximadamente US$ 2 milhões. A Cosan continuará existindo no segmento da cana de açúcar.
O nome da nova empresa, segundo Dias, é a união das palavras raiz e energia. A ideia é reforçar, através da marca, a identidade brasileira. Raízen é a união de "duas forças", a raíz, que extrai nutrientes necessários para o crescimento da planta, e a energia, necessária para todo movimento.

Shell e Cosan confirmam parceria