Após veto da China a embarcações com capacidade para 400 mil toneladas, mineradora mira em outros países.
A proibição da China à atracação dos supernavios comprados pela Vale para transportar de uma vez 400 mil toneladas de minério de ferro, os chamados Valemax, está levando companhia a buscar alternativas para as 34 embarcações encomendadas para montar uma superfrota e, assim, reduzir os custos do transporte transoceânico. Entre as alternativas, a empresa negocia a permissão aos navios em outros portos. “Em breve devemos atracar em novos portos da Ásia, não necessariamente na China”, diz diretor de ferrosos e estratégia José Carlos Martins.
A Vale também pretende instalar mais uma plataforma de transferência marítima de minério na região – a empresa opera hoje um desses navios no litoral filipino, onde serve como área de transbordo para transferir a carga dos supernavios para embarcações menores. “Nossa intenção é colocar uma segunda unidade nas Filipinas”, disse Martins, durante almoço com jornalistas na sede da mineradora, no Rio de Janeiro.
A solução logística para a Ásia será completada com a instalação também de dois centros logísticos em Omã, no Oriente Médio, e na Malásia. Junto com a nova unidade de transferência nas Filipinas, as unidades devem facilitar o acesso aos portos chineses com embarcações de menor porte. “A nossa ideia é operar navios de grande porte com minério sendo distribuído a partir desses terminais”, afirma.
Disputa com Coosco
A Vale também pretende instalar mais uma plataforma de transferência marítima de minério na região – a empresa opera hoje um desses navios no litoral filipino, onde serve como área de transbordo para transferir a carga dos supernavios para embarcações menores. “Nossa intenção é colocar uma segunda unidade nas Filipinas”, disse Martins, durante almoço com jornalistas na sede da mineradora, no Rio de Janeiro.
A solução logística para a Ásia será completada com a instalação também de dois centros logísticos em Omã, no Oriente Médio, e na Malásia. Junto com a nova unidade de transferência nas Filipinas, as unidades devem facilitar o acesso aos portos chineses com embarcações de menor porte. “A nossa ideia é operar navios de grande porte com minério sendo distribuído a partir desses terminais”, afirma.
Disputa com Coosco
Hoje, os supernavios da Vale estacionam apenas na Itália, Holanda e dois portos brasileiros. O tamanho da embarcação foi a saída encontrada pela maior produtora de minério de ferro do mundo para reduzir o custo do frete entre o Brasil e a China, reduzindo a diferença de preço favorável às concorrentes australianas BHP Billiton e Rio Tinto, beneficiadas pela proximidade em relação às siderúrgicas chinesas, maiores consumidoras de minério do globo.
A empresa encomendou 34 supernavios a estaleiros sul-coreanos e chineses em 2008, ao custo de US$ 2,8 bilhões. As embarcações confrontaram os interesses da Coosco, operadora de carga chinesa. Em proteção à empresa local, mesmo com a encomenda de 12 unidades ao estaleiro chinês Rongsheng Shipbuilding and Heavy Industries, Pequim proibiu a atração das embarcações da Vale em seus portos. “Passamos a enfrentar dificuldades com os armadores chineses, que viram na estratégia da Vale uma ameaça a eles”, diz o diretor.
Segundo Martins, a empresa esperou por anos uma autorização para instalar um terminal de carga na China. A demora levou a mineradora a investir na superfrota, da qual 19 navios serão da própria Vale – o restante ficará sob comando de operadoras de carga.
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