19.01.2012 - 16h59 > Atualizada 19.01.2012 - 18h12
Do UOL, em São Paulo
Uma pesquisa sobre mobilidade urbana divulgada nesta quinta-feira (19) pelo Instituto de Pesquisa Econômica (Ipea) mostra que 41% da população das cidades com mais de 100 mil habitantes consideram o transporte público “ruim ou muito ruim”. Outros cerca de 30% consideram o serviço “bom ou muito bom”. Já nas cidades com até 20 mil habitantes, 27% afirmam que o transporte público é “ruim ou muito ruim” e 39% o consideram “bom ou muito bom”.
Quando questionada se concorda ou não com a afirmação "consegue ser atendida [pelo transporte público] sempre que precisa", 61% da população de cidades com mais de 100 mil habitantes disse discordar ou discordar totalmente. Outros 25% afirmam concordar com a afirmação.
Em relação à população de cidades abaixo de 20 mil habitantes, 42% diz que não é atendida quando precisa, e 33% afirma que o serviço funciona bem.
Os pesquisadores também perguntaram qual a frequência com que os entrevistados deixam de procurar o serviço de transporte público "por não se sentir à vontade ou em condições adequadas para utilizá-lo". Nas grandes cidades, 36% responderam que "sempre ou quase sempre" e 29% afirmaram que "nunca ou quase nunca". Já nas cidades com até 20 mil habitantes, 52% relataram desistir do serviço "sempre ou quase sempre" contra 20% que afirmaram "nunca ou quase nunca".
O estudo mostrou ainda que a região Sul é a que mais utiliza carro como o principal meio de transporte. Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a utilização de carros representa 64,85%. De cada 3,62 habitantes, um possui carro. Na região Norte, o principal meio de transporte é a motocicleta, que representa 64,32%. A cada 100,44 habitantes, um possui moto.
Esta é a segunda edição do estudo, que trata sobre Mobilidade Urbana do Sistema de Percepção Social. Em geral, os dados revelam as percepções que a população tem a respeito de mobilidade urbana.
O Ipea entrevistou 3.781 pessoas maiores de 18 anos em 212 municípios brasileiros entre os dias 8 e 29 de agosto de 2011--um acréscimo de mil entrevistas em relação à edição anterior da mesma pesquisa. A margem de erro da pesquisa é de cinco pontos percentuais.
(Com Agência Brasil)
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